Vermifugação de filhotes: O momento exato para iniciar o protocolo
A chegada de um filhote em casa é um evento que mistura alegria e uma enorme responsabilidade. Você prepara a caminha, compra os brinquedos e escolhe a melhor ração, mas existe um inimigo invisível que muitas vezes passa despercebido nos primeiros dias: os vermes intestinais. A saúde do seu novo companheiro depende diretamente de ações preventivas tomadas nas primeiras semanas de vida.
Muitos tutores acreditam que, por o filhote não sair de casa, ele está livre de parasitas. Esse é um equívoco comum que pode custar a saúde e o desenvolvimento do animal. A verdade é que o contato com esses organismos ocorre muito antes do primeiro passeio na rua. Entender o ciclo biológico e agir no tempo certo é o primeiro ato de amor e cuidado médico que você pode oferecer.
Neste guia, vamos explorar o protocolo correto de vermifugação. Vamos deixar de lado os termos técnicos complicados e focar no que funciona, no porquê fazemos isso e como você pode garantir que seu filhote cresça forte e livre de ameaças internas.
Entendendo os inimigos invisíveis e sua biologia
Os endoparasitas e seus mecanismos de ação
Os vermes, ou endoparasitas, são organismos que se alojam no interior do corpo do seu pet, principalmente no trato gastrointestinal. Eles sobrevivem roubando nutrientes essenciais que deveriam ir para o crescimento do filhote. Existem dois grupos principais que nos preocupam na clínica veterinária: os nematódeos, que são vermes redondos, e os cestódeos, que são vermes chatos.
Esses parasitas não apenas competem por comida. Eles causam lesões na parede do intestino, provocam inflamação e podem migrar para outros órgãos, como pulmões e fígado. Em um animal adulto e saudável, uma leve carga parasitária pode ser assintomática. Em um filhote com sistema imunológico em formação, a presença deles é devastadora. Eles causam anemia, atraso no crescimento e reduzem a eficácia das vacinas.
O mecanismo de ação desses organismos é evolutivamente brilhante e assustador. Alguns possuem ganchos orais para se fixar na mucosa intestinal, causando micro-hemorragias constantes. Outros nadam livremente absorvendo o conteúdo digerido. O resultado final para o seu filhote é um estado de desnutrição crônica, mesmo que ele esteja comendo grandes quantidades de ração de alta qualidade.
A transmissão silenciosa de mãe para filho
Você pode se perguntar como um filhote de 15 dias, que nunca pisou na grama, já pode ter vermes. A resposta está na biologia da mãe. Muitas cadelas possuem larvas de vermes “adormecidas” (encistadas) em seus tecidos musculares. Durante a gestação, as alterações hormonais “acordam” essas larvas, que migram através da placenta diretamente para os fetos.
Isso significa que a maioria dos filhotes já nasce com vermes. Além da via transplacentária, existe a transmissão lactogênica. Após o nascimento, as larvas continuam a ser passadas para os filhotes através do leite materno. Enquanto o filhote mama para crescer, ele também ingere ovos e larvas que vão colonizar seu intestino rapidamente.
Esse ciclo biológico explica a urgência do tratamento precoce. Não esperamos o filhote ter contato com a rua ou com outros cães doentes. Assumimos, por protocolo de segurança, que todo filhote nasce parasitado ou se infecta nas primeiras mamadas. Ignorar esse fato é permitir que a infestação ganhe vantagem sobre o sistema imune do animal.
O risco para a sua família e o controle de zoonoses
A vermifugação não é apenas uma questão de saúde animal, mas de saúde pública. Muitos dos parasitas que afetam cães são zoonoses, ou seja, doenças transmissíveis para os seres humanos. O Toxocara canis, por exemplo, é o causador da Larva Migrans Visceral em humanos, uma condição séria que afeta principalmente crianças.
Crianças pequenas que brincam no chão e levam a mão à boca são o grupo de maior risco. Ao interagir com um filhote não vermifugado e depois colocar a mão na boca, elas podem ingerir ovos microscópicos que estavam no pelo do animal ou no ambiente. Esses ovos eclodem no intestino humano e as larvas podem migrar para olhos, fígado e sistema nervoso central.
Como veterinários, temos o dever de proteger não apenas o paciente de quatro patas, mas toda a família humana que convive com ele. Manter o protocolo de vermifugação em dia é uma barreira sanitária essencial para sua casa. O tratamento do pet é a forma mais eficaz de prevenção para seus filhos e para você mesmo.
O momento certo e o calendário de vermifugação
A regra dos 15 dias e o início crucial
O consenso veterinário atual é iniciar a vermifugação muito cedo: aos 15 dias de vida. Nessa idade, os filhotes ainda estão com os olhos recém-abertos e dependem totalmente da mãe, mas os vermes adquiridos na gestação já estão se tornando adultos e começando a colocar ovos. Precisamos interromper esse ciclo antes que a contaminação ambiental se torne massiva.
O protocolo inicial segue uma repetição quinzenal. Você deve administrar a primeira dose com 15 dias, a segunda com 30 dias e a terceira com 45 dias. Essa repetição não é aleatória. Os vermífugos geralmente matam os vermes adultos, mas não afetam as formas larvares em migração. Ao repetir a dose a cada duas semanas, pegamos as larvas que amadureceram nesse intervalo.
Aos 45 dias, geralmente ocorre o desmame e o início da vacinação. Um filhote que seguiu esse cronograma chega a essa fase muito mais forte e preparado para responder bem às vacinas. Se você adotou o filhote já com 60 dias e não sabe o histórico, tratamos como se fosse a primeira dose e repetimos após 15 dias para garantir a limpeza do organismo.
A fase de manutenção dos 3 aos 6 meses
Após o esquema inicial quinzenal, entramos na fase de manutenção mensal. Do terceiro mês até o sexto mês de vida, o filhote deve receber uma dose de vermífugo a cada 30 dias. Essa fase coincide com o aumento da exploração do ambiente. O filhote começa a passear, cheirar o chão, lamber sapatos e interagir com outros cães.
Nesse período, o sistema imunológico ainda não é competente o suficiente para barrar infestações sozinho. A “janela imunológica” ainda está aberta. Além disso, o comportamento exploratório oral dos filhotes aumenta drasticamente o risco de ingestão de novos ovos presentes no solo ou na grama de parques e praças.
A dose mensal age como uma varredura regular. Ela elimina qualquer carga parasitária que o filhote tenha adquirido nas suas aventuras, impedindo que os vermes causem danos significativos ou que o animal se torne um disseminador de ovos pelas fezes, contaminando o ambiente onde vive.
A transição para a vida adulta
Quando o cão completa 6 meses, consideramos que seu sistema imunológico está mais robusto e o protocolo pode ser ajustado para a vida adulta. A frequência vai depender do estilo de vida do animal. Cães que vivem em apartamentos e saem pouco podem ser vermifugados a cada 4 ou 6 meses.
Já cães que frequentam parques, creches, praias ou sítios com frequência devem manter uma rotina mais rigorosa, geralmente a cada 3 meses. Em regiões com alta incidência de dirofilariose (verme do coração), o uso de preventivos mensais pode ser necessário por toda a vida, independentemente da idade.
A transição deve ser sempre discutida com seu veterinário de confiança. Avaliamos o risco epidemiológico da sua região e os hábitos da família. O importante é não abandonar o hábito. Muitos tutores param de vermifugar quando o cão cresce, esquecendo que adultos também adoecem e transmitem parasitas.
Sinais de alerta e a importância do diagnóstico
Sintomas físicos visíveis no filhote
Você precisa estar atento aos sinais que o corpo do seu filhote emite. O sinal mais clássico de verminose é o abdômen distendido, muitas vezes chamado de “barriga d’água” ou aspecto de “baiacu”. O filhote parece gordinho na barriga, mas se você passar a mão nas costelas e na coluna, sentirá os ossos proeminentes, indicando magreza.
Outros sinais físicos incluem pelagem opaca, sem brilho e arrepiada. As mucosas (gengiva e parte interna das pálpebras) podem estar pálidas, indicando anemia causada por vermes hematófagos que sugam sangue, como o Ancylostoma. Vômitos e diarreias são comuns, podendo apresentar sangue ou até mesmo a presença de vermes vivos, que se assemelham a espaguete ou grãos de arroz.
Dermatites e coceira na região anal também podem ocorrer. O filhote pode arrastar o bumbum no chão (comportamento de “trenó”) na tentativa de aliviar a irritação causada pela passagem de ovos ou segmentos de vermes. Não ignore esses sinais achando que é “coisa de filhote”.
Mudanças comportamentais importantes
Além da aparência, o comportamento muda. Um filhote saudável é ativo, brincalhão e curioso. Um filhote parasitado tende a ser letárgico, dorme mais do que o normal e se cansa rápido durante as brincadeiras. A falta de energia é reflexo direto da competição por nutrientes e da anemia.
O apetite pode apresentar alterações bizarras. Alguns filhotes perdem a fome, enquanto outros desenvolvem um apetite voraz, mas não ganham peso. Pode ocorrer também a picamalácia, que é o hábito de comer coisas não alimentares, como terra, reboco de parede, fezes ou madeira, numa tentativa instintiva de repor minerais que os vermes estão roubando.
A irritabilidade é outro fator. Dor abdominal, cólicas e gases excessivos deixam o animal desconfortável e menos tolerante ao toque. Se o seu filhote chora quando você pega na barriga dele ou evita contato físico, isso é um sinal de alerta vermelho para dor visceral.
A importância do exame coproparasitológico
Muitas vezes tratamos os vermes “às cegas” com vermífugos de amplo espectro, mas o exame de fezes (coproparasitológico) é uma ferramenta diagnóstica valiosa e subutilizada. Nem todo vermífugo mata todos os tipos de vermes. Protozoários como a Giardia e o Coccidio, por exemplo, exigem medicamentos específicos que os vermífugos comuns não atingem.
Realizar um exame de fezes antes ou durante o protocolo permite identificar exatamente qual é o inimigo. Isso evita que você dê remédios desnecessários ou ineficazes. O exame é simples, barato e não invasivo. Basta coletar uma pequena amostra das fezes frescas e levar ao laboratório veterinário.
Recomendamos fazer o exame de fezes sempre que o filhote apresentar diarreia persistente, mesmo após a vermifugação, ou como check-up anual na fase adulta. Identificar a espécie do parasita nos ajuda a traçar um plano de tratamento certeiro e a limpar o ambiente de forma eficaz para evitar reinfestações.
Vermifugação e vacinação: A ordem dos fatores altera o produto
Por que vermifugar antes de vacinar
Existe uma regra de ouro na pediatria veterinária: animal parasitado não deve ser vacinado. O sistema imunológico é um exército com recursos limitados. Se ele está ocupado lutando contra uma infestação maciça de vermes, ele não terá recursos suficientes para processar a vacina e criar os anticorpos necessários contra vírus mortais como a Cinomose e a Parvovirose.
Ao vermifugar o filhote previamente (idealmente uma semana antes da vacina), nós “limpamos o terreno”. Removemos o fator imunossupressor (os vermes) e permitimos que o sistema imune foque totalmente na resposta vacinal. Vacinar um animal cheio de vermes pode levar à falha vacinal, deixando o filhote desprotegido mesmo tendo tomado a injeção.
Por isso o protocolo começa aos 15 dias com vermífugo, enquanto a vacina começa geralmente aos 45 dias. Esse intervalo de 30 dias de tratamento antiparasitário garante que, ao receber a primeira dose da vacina, o filhote esteja em melhores condições imunológicas para responder adequadamente.
Janela imunológica e riscos
A janela imunológica é o período crítico onde os anticorpos maternos (passados pelo leite) caem e os anticorpos do próprio filhote (produzidos pela vacina) ainda não subiram. É o momento de maior vulnerabilidade. A presença de vermes durante essa janela alarga o período de risco.
Vermes causam estresse fisiológico e liberação de cortisol, que é um hormônio imunossupressor. Isso pode fazer com que a resposta à vacina seja lenta ou fraca. Durante essa fase, o isolamento do filhote é crucial. Ele não deve ir à rua, não deve ter contato com cães desconhecidos e o ambiente doméstico deve ser rigorosamente higienizado.
O tutor precisa entender que vermifugação e vacinação são pilares que se sustentam. Um não funciona bem sem o outro. A saúde integral depende do equilíbrio entre estar livre de parasitas e estar protegido contra vírus.
Reações adversas e cuidados simultâneos
É comum que filhotes apresentem fezes moles ou um pouco de indisposição após a vermifugação. Isso acontece muitas vezes não pelo remédio em si, mas pela morte massiva dos vermes dentro do intestino, o que libera toxinas. Se fizermos vacina e vermífugo no mesmo dia, e o animal passar mal, não saberemos qual foi a causa.
Por segurança, evitamos administrar vermífugos e vacinas no mesmo dia, especialmente em cães muito pequenos ou debilitados. Damos um intervalo de 3 a 7 dias entre um procedimento e outro. Isso reduz a sobrecarga no organismo e nos permite monitorar reações adversas com mais clareza.
Se o filhote estiver muito debilitado pela verminose, com anemia severa ou desidratação, a prioridade é estabilizar o quadro clínico antes de pensar em vacinas. A saúde geral deve ser restabelecida para que a imunização seja segura e eficaz. O veterinário é a única pessoa capacitada para tomar essa decisão.
Nutrição e imunidade durante o tratamento
O impacto dos vermes na absorção de nutrientes
A presença de parasitas no trato intestinal cria um estado de má absorção. As vilosidades do intestino, responsáveis por absorver vitaminas e minerais, ficam atrofiadas ou cobertas por muco inflamatório. Mesmo que você ofereça a ração mais cara do mercado, o filhote pode estar “passando fome” a nível celular.
Deficiências de ferro, vitamina B12 e proteínas são comuns. Isso afeta o desenvolvimento ósseo, a qualidade da pelagem e a energia vital. Durante o tratamento de vermifugação, o objetivo não é apenas matar o verme, mas recuperar a capacidade do intestino de absorver o que é bom.
A nutrição nessa fase deve ser altamente digestível. O intestino lesionado tem dificuldade em quebrar moléculas complexas. Rações de baixa qualidade, com excesso de grãos e subprodutos, podem fermentar e causar mais diarreia, piorando o quadro.
Suporte probiótico e reconstrução da flora
O uso de probióticos é um grande aliado junto com a vermifugação. Os vermes e a própria ação medicamentosa podem desequilibrar a microbiota intestinal (as bactérias boas). Suplementar com probióticos ajuda a repovoar o intestino com microrganismos benéficos que auxiliam na digestão e na defesa local.
Uma flora intestinal saudável compete com patógenos e ajuda a modular a inflamação. Veterinários frequentemente prescrevem pastas probióticas durante e após o ciclo de vermifugação para acelerar a recuperação da mucosa e firmar as fezes mais rapidamente.
Não use iogurtes ou receitas caseiras sem orientação. O intestino do cão é diferente do humano e produtos lácteos podem causar fermentação e diarreia osmótica em filhotes intolerantes à lactose, agravando o problema que estamos tentando resolver.
Alimentação ideal para filhotes em recuperação
Para um filhote que está passando pelo processo de eliminação de vermes, a dieta deve ser rica em proteínas de alto valor biológico (origem animal) e gorduras de boa qualidade. A densidade calórica deve ser alta, pois o estômago é pequeno e a necessidade energética é enorme para o crescimento e reparação tecidual.
Fracionar a alimentação é essencial. Em vez de duas grandes refeições, ofereça quatro ou cinco pequenas porções ao dia. Isso facilita a digestão, mantém os níveis de glicose estáveis e evita a sobrecarga gástrica. Água fresca e limpa deve estar sempre disponível, pois a hidratação é fundamental para a eliminação das toxinas.
Em casos de anemia severa, o veterinário pode prescrever suplementos hematínicos (ferro e vitaminas) junto com a ração super premium para filhotes. A nutrição é o combustível que o corpo usa para se curar; sem ela, o remédio perde potência.
Escolhendo a arma certa: Tipos de vermífugos
Suspensão líquida e a praticidade para os pequenos
Para filhotes muito jovens (15 a 45 dias), os vermífugos em suspensão líquida são os mais indicados. Eles permitem um ajuste de dose milimétrico de acordo com o peso, que nessa fase muda muito rápido. É mais fácil administrar um líquido com uma seringa na boca de um animal pequeno do que fazê-lo engolir um comprimido.
Essas formulações costumam ser bastante seguras e agem de forma suave. A base geralmente envolve Pamoato de Pirantel e Febantel. A absorção é rápida e o sabor costuma ser palatável para facilitar a aceitação pelo filhote.
A precisão da dose é vital. Subdosagem não mata os vermes e cria resistência; superdosagem pode intoxicar o fígado imaturo do filhote. Sempre pese o animal antes de cada dose, pois o peso de um filhote pode dobrar em duas semanas.
Comprimidos palatáveis e quando usar
Conforme o filhote cresce e ganha peso, podemos migrar para os comprimidos, especialmente os palatáveis que parecem petiscos. Eles são práticos para cães maiores e a partir dos 2 ou 3 meses de idade. Muitos possuem amplo espectro, cobrindo vermes chatos e redondos, e alguns até previnem o verme do coração.
A vantagem é a facilidade de administração para tutores que têm dificuldade com seringas. No entanto, é preciso garantir que o cão engoliu o comprimido inteiro e não o cuspiu escondido no canto da caminha. Observar o animal por alguns minutos após a administração é uma prática recomendada.
Existem comprimidos que duram 30 dias e outros que protegem por mais tempo. Para filhotes em fase de crescimento rápido, a reavaliação mensal do peso continua sendo necessária para ajustar a miligramagem do medicamento.
Spot-on e a absorção cutânea
As pipetas (spot-on) que aplicamos na nuca são uma tecnologia mais recente e extremamente conveniente. Algumas marcas oferecem proteção combinada: matam pulgas, carrapatos e também agem contra vermes internos (endectocidas). O princípio ativo é absorvido pela pele, cai na corrente sanguínea e age sistemicamente.
Essa opção é excelente para animais estressados, que ficam agressivos ou muito medrosos com a manipulação oral. Também é útil para animais com trato gastrointestinal muito sensível, que vomitam comprimidos. Contudo, nem todas as pipetas cobrem todos os tipos de vermes intestinais, sendo necessário ler a bula com atenção.
É importante evitar banhos logo após a aplicação para não remover o produto antes da absorção. Para filhotes muito novos, verifique a idade mínima na embalagem, pois algumas pipetas só são indicadas a partir de 8 semanas de vida.
Comparativo de formas de administração
Abaixo, preparei um quadro para ajudar você a visualizar as diferenças entre as formas de apresentação dos vermífugos disponíveis para o seu filhote.
| Característica | Suspensão Oral (Líquido) | Comprimido Palatável | Pipeta (Spot-on) |
| Indicação Principal | Filhotes muito jovens (a partir de 15 dias) e baixo peso. | Filhotes maiores (> 2 meses) e adultos. | Animais difíceis de medicar ou proteção combinada (vermes + pulgas). |
| Facilidade de Uso | Média. Requer uso de seringa e contenção do filhote. | Alta. A maioria aceita como petisco. | Muito Alta. Aplicação tópica na nuca. |
| Precisão da Dose | Excelente. Ajustável a cada grama de peso. | Boa. Mas depende das frações do comprimido. | Fixa por faixa de peso (ex: até 2,5kg, até 5kg). |
| Espectro de Ação | Focado em vermes intestinais comuns e Giardia (alguns). | Amplo espectro (vermes redondos e chatos). | Varia. Geralmente foca em vermes redondos e ectoparasitas. |
| Risco de Vômito | Baixo, mas pode ocorrer se aplicado muito rápido. | Médio. Se o animal tiver estômago sensível. | Nulo. O medicamento não passa pelo estômago. |
Escolher o método correto facilita a sua vida e garante a saúde do seu pet. O “melhor” produto é aquele que você consegue administrar corretamente e que cobre os riscos específicos do ambiente onde você vive. Converse sempre com seu veterinário para personalizar esse cuidado. A prevenção é o caminho mais curto para uma vida longa e feliz ao lado do seu melhor amigo.


