Gato arranhando o sofá: Como redirecionar para o arranhador
O som de tecido rasgando é um dos ruídos mais temidos por quem divide a casa com um felino e investiu em mobília nova. Você olha para o lado e vê seu gato esticando o corpo todo, cravando as unhas com gosto no braço do seu sofá favorito, ignorando completamente aquele arranhador caro que comprou na semana passada. Entendo perfeitamente sua frustração, pois escuto essa queixa diariamente no consultório durante as consultas de rotina e vacinação.
É importante que compreenda que seu gato não está fazendo isso por vingança ou maldade, conceitos que são puramente humanos e não se aplicam à psicologia felina. O comportamento de arranhar é tão natural para ele quanto respirar ou comer, fazendo parte intrínseca do que significa ser um gato saudável e funcional. O problema aqui não é o ato de arranhar em si, mas sim o local que ele escolheu para exercer essa função biológica vital.
Nossa missão hoje não é impedir que seu gato use as unhas, pois isso geraria um estresse imenso e problemas de saúde, mas sim mostrar a ele que existe um lugar muito mais interessante e satisfatório para isso do que o seu estofado de linho. Vamos mergulhar na mente do seu pet e ajustar o ambiente para que ambos possam viver em harmonia, sem móveis destruídos e sem gatos estressados.
Por que seu gato ama destruir o estofado
O instinto de marcação territorial e visual
Quando seu gato arranha o sofá, ele está deixando dois tipos de mensagens muito claras para qualquer outro animal que possa entrar na casa. A primeira é visual, pois as marcas das unhas criam ranhuras verticais que sinalizam que aquele território já possui um dono ativo e forte. O sofá, por ser uma peça de mobiliário grande e central na sala, funciona como um outdoor perfeito para ele exibir sua presença.
Além do sinal visual, existe a marcação olfativa que nós humanos não conseguimos perceber, mas que é fundamental para a segurança emocional do felino. Ao arranhar, ele deposita seu cheiro no objeto, misturando o odor dele com o cheiro da casa e o seu próprio cheiro que fica impregnado no sofá pelo uso diário. Isso cria um “cheiro de grupo” que tranquiliza o animal, reafirmando que ele está em casa e que aquele ambiente é seguro.
Muitos tutores acham que o gato escolhe o sofá porque o tecido é gostoso, mas a localização é o fator preponderante nessa equação territorial. O sofá geralmente fica na área social, onde a família passa a maior parte do tempo e onde o fluxo de ar carrega os odores, tornando-o o ponto estratégico mais valioso da sala para um gato que precisa demarcar sua zona de segurança e conforto.
A necessidade fisiológica de afiar as garras
O termo “afiar” as unhas é popular, mas tecnicamente o que o gato faz é remover a camada externa morta da garra para expor a nova ponta afiada que cresceu por baixo. As unhas dos felinos crescem em camadas, como se fossem cascas de cebola, e essas bainhas externas precisam ser descartadas periodicamente para que a unha não cresça de forma irregular ou encrave na almofada plantar.
O tecido do sofá oferece a resistência ideal para que essa bainha velha fique presa e seja arrancada quando o gato puxa a pata para baixo. É uma questão de física e mecânica: ele precisa de uma superfície que permita que a unha penetre, mas que ofereça tração suficiente para segurar a camada morta enquanto ele faz o movimento de tração com o membro anterior.
Se você observar perto do local onde ele arranha, provavelmente encontrará pedacinhos de unha em formato de meia-lua, que são justamente essas capas externas descartadas. Isso indica que a manutenção das garras está sendo feita, ainda que no local errado. O sofá acaba sendo vítima de sua própria textura, que infelizmente é perfeita para essa função de manicure felina.
O fator tédio e gasto de energia
Gatos são predadores crepusculares que acumulam muita energia durante o dia, passando longas horas dormindo para explodir em atividade em momentos específicos. O ato de arranhar funciona como um excelente alongamento para toda a musculatura das costas e dos ombros, além de ser uma forma de liberar energia acumulada quando eles não têm estímulos suficientes.
Quando um gato vive exclusivamente dentro de casa e não possui enriquecimento ambiental adequado, ele busca suas próprias formas de entretenimento e exercício físico. Rasgar o sofá é uma atividade fisicamente engajadora, que permite que ele estique a coluna vertebral, flexione os dedos e use a força dos ombros, liberando endorfinas que causam sensação de bem-estar.
Muitas vezes, o comportamento destrutivo é um grito de tédio de um animal subestimulado. Se o sofá é a coisa mais interessante e interativa que ele tem acesso durante o dia, é natural que ele dedique sua atenção a ele. A falta de brinquedos interativos, prateleiras ou arranhadores adequados transforma sua mobília no único parque de diversões disponível.
A anatomia da unha e a saúde felina
O papel das feromonas interdigitais na comunicação
Como veterinário, preciso explicar um detalhe anatômico fascinante: entre os coxins (as “almofadinhas”) das patas do seu gato, existem glândulas sebáceas especializadas. Essas glândulas produzem e liberam feromonas, que são substâncias químicas complexas usadas para comunicação intraespecífica, ou seja, de gato para gato.
Toda vez que ele pressiona as patas e arranha uma superfície, essas glândulas são ativadas e liberam essa assinatura química única. É como se ele estivesse deixando um post-it dizendo “Eu estive aqui, este lugar é meu e eu me sinto confiante”. Esse comportamento é vital para a autoafirmação do gato e para a redução da ansiedade geral.
Ignorar essa função biológica é um erro comum no manejo comportamental. Se tentamos apenas bloquear o acesso ao sofá sem oferecer uma alternativa onde ele possa depositar esses feromônios, geramos um animal inseguro. O redirecionamento precisa contemplar essa necessidade de comunicação química, fornecendo um local aceitável que ele possa impregnar com seu cheiro pessoal.
Manutenção das unhas e a saúde das articulações
A saúde ortopédica do seu gato está diretamente ligada ao estado das suas unhas e à possibilidade de exercer o comportamento de arranhar. Quando um gato crava as unhas e puxa, ele está realizando um exercício isométrico que fortalece os tendões flexores digitais e a musculatura dos membros torácicos, essenciais para saltos e escaladas.
Unhas excessivamente longas, que não passam pelo processo de desgaste natural ou corte regular, alteram a angulação da pisada do animal. Isso obriga o gato a modificar sua postura para evitar desconforto, o que a longo prazo pode sobrecarregar as articulações do carpo e dos cotovelos, predispondo o animal a quadros de osteoartrose precoce.
O ato de arranhar permite a extensão completa da coluna vertebral e o alongamento dos membros. Privar o gato desse movimento, ou não oferecer um local com altura suficiente para que ele se estique completamente, pode resultar em encurtamento muscular e rigidez. O sofá muitas vezes é escolhido justamente porque sua altura permite esse alongamento total que pequenos arranhadores de chão não proporcionam.
Identificando sinais de estresse pelo comportamento de arranhar
Embora arranhar seja normal, o aumento súbito ou obsessivo desse comportamento pode ser um indicador clínico de estresse ou ansiedade. Mudanças na rotina da casa, a chegada de um novo membro na família (humano ou animal), ou até mesmo obras no vizinho podem desencadear uma necessidade maior de marcação territorial para recuperar a sensação de controle.
Nesses casos, o gato passa a arranhar mais locais e com mais intensidade, destruindo portais, batentes de portas e cantos de paredes, além do sofá. Ele está tentando espalhar seu cheiro o máximo possível para criar uma barreira olfativa de segurança ao seu redor. Como veterinário, avalio se a destruição é apenas falta de educação ou um sintoma de insegurança emocional.
Observar o contexto é fundamental para o diagnóstico. Se o gato arranha olhando para a porta ou janelas, pode estar reagindo a ameaças externas. Se arranha locais de passagem, está tentando controlar o fluxo de movimento. Entender a motivação emocional por trás da unha cravada é o primeiro passo para tratar a causa raiz, e não apenas o sintoma no tecido.
Escolhendo o equipamento certo para a batalha
Material importa: Sisal, papelão ou madeira
A textura é o critério de seleção número um para os gatos, e cada indivíduo pode ter uma preferência específica. O sisal é o material mais clássico e durável, oferecendo uma superfície rugosa que permite um excelente engate da unha e uma resistência satisfatória ao puxão, imitando a casca de árvores na natureza.
O papelão corrugado é outra opção extremamente popular e muitas vezes preferida pelos gatos, embora faça mais sujeira e dure menos. A textura do papelão oferece uma sensação tátil muito prazerosa e um som específico ao ser rasgado que estimula o instinto predatório. Muitos gatos que ignoram o sisal se rendem imediatamente a um bom arranhador de papelão de alta densidade.
A madeira natural ou cortiça também são opções válidas, especialmente para tutores que buscam estética e funcionalidade. Alguns gatos preferem a madeira macia, onde podem realmente deixar marcas profundas. O erro mais comum é comprar arranhadores revestidos de pelúcia fofa; a pelúcia não oferece resistência para a remoção da bainha da unha e, portanto, não serve para a função fisiológica de arranhar, servindo apenas como cama.
Estabilidade e altura são inegociáveis
Se você comprar um arranhador leve, que balança ou tomba quando o gato tenta usá-lo, ele nunca mais chegará perto desse objeto. O gato precisa confiar que pode jogar todo o peso do seu corpo contra o arranhador sem que ele ceda. O sofá ganha a preferência justamente porque é pesado, estável e não se move, oferecendo a segurança mecânica necessária.
A regra de ouro é: o arranhador deve ser pesado na base e alto o suficiente para que o gato, ficando nas patas traseiras, consiga esticar os braços totalmente acima da cabeça. Para um gato adulto médio, estamos falando de postes com no mínimo 70 a 80 centímetros de altura vertical livre para arranhar.
Arratores pequenos e instáveis são dinheiro jogado fora. Se o poste balança, o gato sente insegurança e retorna para o sofá, que é imóvel. Antes de comprar, faça o teste: empurre o arranhador com a mão. Se ele oscilar facilmente, não servirá para um predador que precisa aplicar força e tração.
Horizontal ou vertical: entendendo a preferência do seu gato
Nem todo gato gosta de arranhar verticalmente. Observe como seu gato ataca o sofá: ele arranha o braço vertical ou o assento horizontal? Se ele prefere destruir tapetes ou o assento do sofá, ele provavelmente é um arranhador horizontal e um poste vertical tradicional será ignorado.
Para os arranhadores horizontais, placas de papelão no chão ou tapetes de sisal fixos são a solução ideal. Existem gatos que gostam de ambas as posições, variando conforme o alongamento que desejam fazer no momento. Oferecer opções variadas aumenta muito a chance de sucesso na transição do sofá para o objeto correto.
Existem também os planos inclinados, rampas de papelão ou sisal, que funcionam como um meio-termo excelente. A observação do comportamento natural do seu paciente — digo, do seu gato — é o que vai ditar qual modelo comprar. Não adianta forçar um gato de tapete a usar um poste; adapte o equipamento à preferência biomecânica dele.
Estratégias de localização e posicionamento
Por que o canto do sofá é o lugar premium
O canto do sofá geralmente fica na entrada da sala ou em um ponto de visibilidade máxima. Como vimos, a marcação é visual e territorial. Colocar o arranhador escondido na lavanderia ou em um quarto de hóspedes que ninguém usa é a receita para o fracasso. O gato quer marcar onde a vida acontece, onde você está e onde ele se sente dono do pedaço.
Se o arranhador estiver longe do convívio social, ele não cumpre a função de comunicação. O gato arranha o sofá porque é lá que você senta, é lá que o cheiro da família está concentrado. O arranhador precisa competir com essa localização privilegiada para ter alguma chance de ser utilizado.
Você deve encarar o arranhador como parte da mobília da sala, e não como um acessório feio que deve ser ocultado. Existem hoje opções com design moderno que se integram à decoração, permitindo que fiquem em destaque sem comprometer a estética do ambiente, atendendo à necessidade do gato de estar no centro das atenções.
A técnica do bloqueio e substituição imediata
A estratégia mais eficaz que ensino no consultório é a da “localização sobreposta”. Compre o arranhador novo e coloque-o exatamente na frente do local onde o gato está arranhando o sofá. Bloqueie fisicamente o acesso ao braço do sofá com o arranhador. Se ele quiser arranhar ali, terá que passar pelo arranhador ou usá-lo.
Simultaneamente, torne o sofá menos atraente. Use fita adesiva dupla face específica para gatos (eles odeiam a sensação de cola nas patas) ou cubra o canto do sofá com um plástico liso ou papel alumínio temporariamente. A ideia é criar um contraste: sofá = sensação ruim/estranha; arranhador = textura gostosa/sisal.
Com o tempo, à medida que o gato passa a usar consistentemente o arranhador e deixa sua marcação de cheiro nele, você pode ir movendo o objeto centímetro por centímetro, dia após dia, até a posição definitiva que você deseja, desde que não seja muito longe dali. A transição deve ser gradual para não perder a referência territorial.
Áreas de passagem e convívio social
Gatos adoram se espreguiçar e arranhar logo depois de acordar ou quando você chega em casa. Por isso, ter arranhadores próximos às áreas de descanso (caminhas) e nas rotas de passagem (corredores, entradas de cômodos) é estratégico. É como colocar marcos de fronteira ao longo do território dele.
Se você tem uma casa grande ou sobrado, um único arranhador na sala não será suficiente. É necessário ter pontos de arranhadura distribuídos pelos principais cômodos de convivência. Pense nisso como ter banheiros disponíveis em vários pontos da casa; quando a necessidade bate, o recurso deve estar próximo.
Analise o mapa de calor da sua casa: onde seu gato passa mais tempo? Onde ele te recebe? Nesses pontos quentes deve haver uma superfície permitida para arranhar. Isso diminui a ansiedade e redireciona o comportamento de forma natural, sem que você precise ficar vigiando o tempo todo.
O passo a passo do redirecionamento comportamental
O uso inteligente de catnip e feromônios sintéticos
Para tornar o novo arranhador irresistível, podemos usar a química a nosso favor. O Catnip (erva-de-gato) pode ser esfregado ou pulverizado no sisal ou papelão para atrair o interesse do felino. A nepetalactona, composto ativo da erva, estimula receptores olfativos que mimetizam feromônios sexuais, causando euforia e interesse na maioria dos gatos.
Outra ferramenta poderosa é o uso de feromônios sintéticos, como o Feliway Classic (spray), aplicados nas áreas que você não quer que ele arranhe (o sofá), para sinalizar tranquilidade e reduzir a necessidade de marcação. Já existe também o Feliway Feliscratch, que é um produto específico para aplicar no arranhador, contendo um análogo do feromônio interdigital e corante azul para mimetizar as ranhuras visuais, atraindo o gato para o local correto.
A combinação dessas ferramentas sensoriais acelera o aprendizado. Você está dizendo quimicamente para o cérebro dele: “Aqui (sofá) não precisa marcar, já está seguro; mas aqui (arranhador) é super interessante e divertido”. Essa modulação ambiental é muito mais eficiente do que qualquer grito ou bronca.
Recompensa positiva versus punição ineficaz
Esqueça o borrifador de água. Punir o gato quando ele arranha o sofá gera medo, quebra o vínculo de confiança com você e aumenta a ansiedade, o que pode levar a mais comportamentos destrutivos quando você não estiver olhando. O gato não associa a punição ao ato de arranhar, mas sim à sua presença, passando a ter medo de você.
O caminho é o reforço positivo. Toda vez que você vir o gato se aproximando do arranhador, ou tocando nele, elogie suavemente. Se ele arranhar o poste, ofereça imediatamente um petisco de alto valor ou carinho (se ele gostar). Ele precisa associar que usar aquele objeto gera consequências maravilhosas.
Se pegar ele arranhando o sofá, não grite. Apenas pegue-o com calma (ou use um brinquedo para atrair a atenção) e leve-o até o arranhador. Se ele usar, recompense. A consistência é a chave. Repetição e paciência funcionam muito melhor do que intimidação no treinamento de felinos.
A importância do corte de unhas regular
Manter as unhas aparadas reduz significativamente o dano causado ao mobiliário caso ocorra um deslize, além de diminuir a necessidade do gato de arranhar com tanta frequência para remover as pontas. Quando removemos a ponta afiada (“agulha”) da unha, a capacidade de destruição cai drasticamente.
O corte de unhas deve ser introduzido como um ritual positivo, associado a petiscos e calma. Use cortadores específicos para gatos e tenha cuidado para não atingir o hiponíquio (a parte rosada dentro da unha onde passam vasos sanguíneos e nervos). Cortar apenas a pontinha branca e translúcida já é suficiente.
Se você não se sente seguro para realizar o corte, peça ao seu veterinário para ensiná-lo ou leve o animal para realizar o procedimento na clínica periodicamente. Unhas aparadas não impedem o comportamento de arranhar (que é instintivo e muscular), mas transformam uma ferramenta de destruição em massiva em algo muito menos lesivo para o seu sofá.
Enriquecimento ambiental e gatificação avançada
Integrando o arranhador na rota vertical da casa
Gatificação é o conceito de adaptar o ambiente humano para as necessidades felinas. O arranhador não deve ser uma ilha isolada. Idealmente, ele deve servir como degrau de acesso para outros locais, como uma prateleira, o topo de um móvel ou uma janela. Gatos amam altura e ver o mundo de cima.
Ao transformar o arranhador em uma “escada” para um local de descanso elevado, você aumenta exponencialmente o valor desse objeto para o gato. Ele passará a usá-lo não só para afiar as unhas, mas como parte integrante de sua rota de deslocamento pela casa, aumentando a frequência de contato e uso.
Crie uma “superestrada de gatos”: o gato sobe pelo arranhador de torre, passa para uma prateleira na parede, caminha sobre o guarda-roupa e desce por outro móvel. Isso enriquece a vida do animal, dá vazão aos instintos de escalada e tira o foco do sofá, que é baixo e monótono em comparação.
Materiais alternativos e soluções caseiras seguras
Você não precisa gastar uma fortuna para ter bons arranhadores. Troncos de árvores naturais (desde que tratados para não ter parasitas e fixados em uma base pesada) são os melhores arranhadores que existem. A madeira real tem cheiro, textura e resistência que nenhum produto sintético consegue copiar perfeitamente.
Capachos de fibra de coco ou sisal natural, que compramos para porta de entrada, podem ser fixados na parede com parafusos e buchas, criando uma superfície de arranhar vertical excelente e barata. Pedaços de carpete bouclé (aquele mais rústico) colados em tábuas de madeira também funcionam muito bem.
O importante na solução caseira é a segurança: não use grampos que possam soltar e ser engolidos, nem colas tóxicas com cheiro forte. Certifique-se de que a estrutura não vai cair em cima do animal. A criatividade pode economizar dinheiro e ainda proporcionar texturas variadas que mantêm o gato interessado.
Rotação de estímulos para manter o interesse
Gatos podem enjoar de brinquedos e até de arranhadores se eles ficarem estáticos para sempre. Uma dica de ouro é ter mais de um tipo de arranhador e, ocasionalmente, mudar um deles de lugar ou renovar o catnip aplicado nele. A novidade estimula a exploração.
Se o arranhador de papelão já está todo destruído, troque o refil. A textura de um papelão novo é diferente de um todo esfiapado. Essa manutenção mostra ao gato que aquele recurso é renovável e interessante. Pequenas mudanças no ambiente combatem o tédio e a depressão em gatos indoor.
Experimente colocar o arranhador perto de uma janela aberta por algumas horas para pegar “cheiros da rua” e sol, depois coloque de volta no lugar. Essa alteração sutil na assinatura olfativa do objeto pode despertar nova curiosidade no felino, fazendo com que ele vá investigar e arranhar o objeto em vez do sofá estático.
Tabela Comparativa de Arranhadores
Para ajudar na sua decisão de compra, preparei um quadro comparativo entre o produto ideal (Torre de Sisal) e outras opções comuns no mercado, analisando sob a ótica da eficácia comportamental.
| Característica | Torre de Sisal Robusta (Recomendado) | Arranhador de Papelão Simples (De chão) | Poste Pequeno com Pelúcia (Comum em Petshops) |
| Estabilidade | Alta (Base larga e pesada) | Média (Pode deslizar no piso) | Baixa (Tomba facilmente) |
| Durabilidade | Excelente (Anos de uso) | Baixa (Requer refil frequente) | Média (Sisal dura, pelúcia rasga) |
| Altura/Alongamento | Permite estiramento total do corpo | Apenas horizontal ou inclinado | Insuficiente para gatos adultos |
| Atração Tátil | Alta (Textura rugosa e firme) | Altíssima (Rasga fácil, gratificante) | Baixa (Pelúcia não serve para unhas) |
| Preço | Investimento Alto | Baixo Custo | Custo Médio |
| Veredito Vet | A melhor proteção para seu sofá | Ótimo complemento, mas não substituto único | Geralmente ignorado por gatos adultos |
Espero que estas orientações ajudem você a reconquistar a paz na sua sala e a oferecer uma vida mais rica e fisiologicamente adequada para seu felino. Lembre-se, paciência e observação são as melhores ferramentas de um tutor dedicado. Vamos transformar esse comportamento em algo positivo!


