Comportamento de Monta em Cães: Entendendo as Causas Reais e Soluções Práticas
Você provavelmente já passou por isso ou conhece alguém que passou: a visita chega em casa, todos estão conversando na sala e, de repente, o cachorro da família decide “abraçar” a perna de alguém e começar movimentos pélvicos rítmicos. O constrangimento é imediato. Risadas nervosas surgem, alguém tenta empurrar o cão, e a dúvida paira no ar. Será que ele está tentando dominar a visita? Será que ele está sexualmente frustrado? Como veterinário, ouço essas perguntas quase diariamente no consultório. A resposta curta é que raramente se trata de sexo ou de uma tentativa maquiavélica de dominar o mundo (ou a sua sala de estar).
O comportamento de monta é uma das ações mais mal interpretadas no universo canino. Embora tenha raízes em instintos reprodutivos, na vida doméstica moderna ele se transformou em uma espécie de “válvula de escape” para uma série de emoções que o cão não sabe processar de outra forma. Para resolver isso, precisamos deixar de lado a vergonha e olhar para o que o animal está realmente comunicando.[1][2] Pode ser excesso de energia, pode ser uma resposta ao estresse ou até mesmo uma brincadeira que saiu do controle.[1][2][3]
Entender a motivação por trás da monta é a chave para a mudança. Punir o cão ou gritar geralmente só piora a situação, pois adiciona mais tensão a um momento que já é de alta excitação emocional. Ao longo deste guia, vamos desconstruir os mitos da dominância, explorar a fisiologia por trás desse impulso e, o mais importante, traçar um plano de ação prático para que você possa redirecionar esse comportamento de forma gentil e eficaz.
O Que Realmente Significa Esse Comportamento?
A Questão da Sexualidade e Hormônios
É natural assumir que a monta é puramente sexual. Afinal, a mecânica do movimento é a mesma da cópula. No entanto, na clínica veterinária, observamos esse comportamento em cães castrados, em fêmeas e até em filhotes com poucas semanas de vida, muito antes da maturidade sexual. Isso nos indica que a monta tem funções que vão além da reprodução. Para um cão não castrado, os hormônios sexuais (como a testosterona) definitivamente aumentam a probabilidade da monta, pois o limiar para a excitação é menor. Eles reagem mais intensamente a estímulos.
Porém, mesmo nesses casos, a “excitação” não deve ser lida apenas como libido. No mundo animal, excitação pode ser simplesmente um estado de alta ativação fisiológica. Quando um cão fica muito feliz, muito nervoso ou sobrecarregado sensorialmente, o corpo dele busca uma maneira de extravasar essa energia cinética acumulada. A monta é um padrão motor fixo que o cão tem “instalado” em seu cérebro e que serve, curiosamente, para aliviar essa tensão interna.
Portanto, quando seu cão monta na sua perna ou na de uma visita, ele raramente está vendo a pessoa como um parceiro sexual. Ele está, na maioria das vezes, em um estado de transbordamento emocional. É como se o sistema nervoso dele dissesse: “Não sei o que fazer com toda essa informação e energia, então vou executar este movimento padrão”. Entender isso ajuda a remover o “nojo” ou a raiva que sentimos na hora e nos permite tratar o problema com a objetividade necessária.
O Mito da Dominância
Durante décadas, a teoria da dominância foi a resposta padrão para quase todos os problemas de comportamento canino. Dizia-se que, se o cão passasse pela porta antes de você, comesse antes ou montasse na sua perna, ele estava tentando ser o “alfa” da matilha. A etologia moderna (o estudo do comportamento animal) já derrubou essa teoria. Cães não são lobos, e mesmo entre lobos, a dinâmica de matilha é familiar e cooperativa, não uma ditadura baseada em força bruta constante.
Quando rotulamos a monta como “dominância”, corremos o risco de adotar uma postura de confronto com o cão. O tutor tenta “reafirmar sua liderança” através de punições ou força física, o que apenas gera medo e insegurança no animal. Um cão inseguro tem ainda mais probabilidade de apresentar comportamentos de deslocamento, como a monta, criando um ciclo vicioso.
A verdade é que a monta, na grande maioria das vezes, não tem nada a ver com status social ou hierarquia. Um cão que monta não está planejando um golpe de estado na sua casa. Ele está apenas reagindo ao ambiente. Se ele fosse realmente um “cão dominante” no sentido etológico, ele controlaria recursos (comida, espaço) de forma sutil, apenas com a postura corporal, sem precisar recorrer a comportamentos frenéticos e desajeitados como agarrar a perna de alguém.
Brincadeira e Excesso de Energia
Observe filhotes brincando no parque. Eles correm, latem, mordem as orelhas uns dos outros e, frequentemente, montam uns nos outros. Nesse contexto, a monta é uma parte integrante do repertório de brincadeiras. É uma forma de testar força, de provocar uma reação no outro e de prolongar a interação. Quando não há intervenção ou quando o outro cão não corrige esse comportamento (rosnando ou se afastando), o filhote aprende que montar é um jeito divertido de brincar.
Se esse comportamento não for redirecionado na infância, o cão cresce acreditando que agarrar algo (ou alguém) é uma forma legítima de iniciar ou manter uma brincadeira. Muitos cães que montam nas visitas são, na verdade, cães com um nível de energia explosivo e poucas oportunidades de gastá-lo adequadamente. Eles passam o dia todo esperando algo acontecer. Quando a visita chega, é o ponto alto do dia. A adrenalina sobe e o cão não tem ferramentas para lidar com essa alegria explosiva.
Nesse cenário, a perna humana se torna um alvo de oportunidade. O cão quer interagir, quer contato físico, e a monta oferece ambos. É uma “brincadeira” rude e inadequada para os padrões humanos, mas para o cão, é apenas uma extensão daquela bagunça que ele fazia com os irmãos da ninhada. Cabe a nós ensinar uma nova forma de brincar que seja aceitável para ambas as espécies.
Outros Gatilhos Surpreendentes (Ansiedade e Tédio)
Ansiedade e Busca por Alívio
A ansiedade é um dos grandes vilões silenciosos por trás da monta excessiva. Cães ansiosos vivem em um estado de alerta constante ou de desconforto emocional. Situações novas, barulhos altos, mudanças na rotina ou a presença de estranhos podem desencadear essa ansiedade. O ato de montar libera endorfinas no cérebro do cão, substâncias que trazem uma sensação temporária de prazer e relaxamento.
Dessa forma, a monta pode se tornar um mecanismo de enfrentamento (coping mechanism). O cão aprende que, quando se sente inseguro ou nervoso, realizar aquele movimento rítmico o faz se sentir um pouco melhor. É comparável a uma pessoa que roi as unhas ou balança a perna quando está nervosa. Não é um ato racional, é uma resposta compulsiva ao estresse.
Identificar se a causa é ansiedade exige um olhar atento do tutor. O cão apresenta outros sinais de estresse? Ele lambe as patas excessivamente? Ele ofega muito mesmo sem calor? Se a monta ocorre em contextos específicos que poderiam ser estressantes (como uma casa cheia de gente desconhecida), é muito provável que estejamos lidando com um cão que está pedindo socorro, e não um cão “safado”. Tratar a ansiedade subjacente é a única forma de resolver a monta nesses casos.
Busca por Atenção
Cães são animais extremamente sociais e inteligentes. Eles aprendem rapidamente o que funciona para conseguir a atenção de seus humanos favoritos. E aqui está a armadilha: para um cão entediado ou carente, qualquer atenção é melhor que nenhuma atenção. Quando o cão monta na perna de alguém, a reação é imediata. As pessoas olham, falam com ele (mesmo que seja para dizer “Não!”), tocam nele para empurrá-lo.
Do ponto de vista do cão, a missão foi cumprida. Ele estava invisível, montou na perna, e agora é o centro das atenções. Se você costuma rir, gritar ou fazer um escândalo quando isso acontece, você pode estar, inadvertidamente, reforçando o comportamento. O cão associa a ação (monta) com a recompensa (interação social).
Esse ciclo é comum em cães que passam muito tempo sozinhos ou que não têm uma rotina estruturada de interação com os donos. Eles descobrem que “se comportar bem” (ficar deitado quieto) não gera resultados, mas “se comportar mal” gera uma festa imediata, mesmo que seja uma festa de broncas. Quebrar esse padrão exige disciplina humana para não reagir da maneira que o cão espera e, simultaneamente, premiar os momentos de calma.
Problemas de Socialização
A fase de socialização de um filhote, que vai até as 12 ou 16 semanas de vida, é crítica. É nesse período que ele aprende a “falar cachorro” e a entender os limites sociais. Cães que foram retirados da ninhada muito cedo (antes de 60 dias) perdem lições valiosas que a mãe e os irmãos ensinam. Quando um filhote monta no outro de forma insistente, o irmãozinho morde de volta ou a mãe o corrige, ensinando limites.
Cães que não tiveram essa escola, ou que cresceram isolados de outros cães, muitas vezes se tornam adultos socialmente inaptos. Eles não sabem como iniciar uma interação de forma polida. Eles não leem os sinais de que a outra parte não está interessada. Para esses cães, a monta é uma “muleta” social. Eles usam isso porque não sabem fazer outra coisa, como cheirar educadamente ou fazer o convite para brincar (aquela reverência com as patas dianteiras).
Corrigir falhas de socialização em cães adultos é mais trabalhoso do que em filhotes, mas é totalmente possível. Envolve expor o cão a interações controladas e recompensar comportamentos sociais adequados, ensinando a ele, tardiamente, a etiqueta que ele perdeu na infância.
Como Diferenciar e Identificar a Causa
Observando o Contexto e a Linguagem Corporal
Para agirmos como detetives veterinários, precisamos olhar para a cena do crime completa. Onde a monta acontece? É sempre com a mesma pessoa? Acontece depois do jantar ou assim que você chega do trabalho? Se a monta acontece sempre que você pega a guia para passear, é provável que seja excitação/energia. Se acontece quando você está sentado no sofá ignorando o cão, pode ser busca por atenção.
A linguagem corporal do cão antes e durante o ato diz muito. Um cão que está brincando geralmente tem o corpo “mole”, movimentos soltos, boca aberta e relaxada. Um cão que monta por estresse ou ansiedade tende a estar mais tenso, com as orelhas para trás, cauda baixa ou muito rígida, e pode apresentar ofensa rápida.
Já a monta de cunho sexual (em cães inteiros perto de fêmeas no cio, por exemplo) é acompanhada de outros sinais fisiológicos claros, como o “bater de dentes”, salivação excessiva e uma fixação quase obsessiva, onde nada mais no ambiente parece importar para o cão. Aprender a ler esses sinais sutis evita que tratemos um cão ansioso como se fosse um cão dominante, ou um cão brincalhão como se fosse agressivo.
A Idade Influencia?
A idade é um fator determinante no diagnóstico. Em filhotes e cães jovens (até 1 ou 2 anos), a monta é quase sempre sinônimo de brincadeira rude, excesso de energia ou descoberta do próprio corpo e limites sociais. É a fase da adolescência canina, onde o cérebro está sendo inundado de estímulos e o autocontrole ainda é baixo.
Em cães adultos, o comportamento já se tornou um hábito ou um vício de comportamento. Se um cão nunca montou e começa a fazer isso repentinamente na velhice (cães idosos), o sinal de alerta médico deve acender. Problemas como infecções urinárias, problemas na próstata, dermatites na região genital ou até dores articulares podem levar o cão a montar como forma de reagir à dor ou desconforto.
Cães idosos também podem desenvolver disfunção cognitiva (uma espécie de Alzheimer canino), que altera comportamentos sociais e pode fazer ressurgir hábitos de filhote ou comportamentos repetitivos. Portanto, uma mudança súbita de comportamento em cães mais velhos exige uma visita ao veterinário antes de qualquer tentativa de adestramento.
Diferença entre Machos e Fêmeas
Existe uma crença popular de que apenas machos montam. Isso não é verdade. Fêmeas montam com bastante frequência. Nas fêmeas, o comportamento também pode estar ligado a ciclos hormonais (algumas ficam mais propensas durante o cio), mas é muito comum vermos fêmeas montando por dominância hierárquica (em relação a outros cães) ou, mais frequentemente, por ansiedade.
Machos tendem a ser mais persistentes no comportamento devido à testosterona, que age como um “amplificador” da reação. No entanto, a motivação base — ansiedade, tédio, brincadeira — é a mesma para ambos os sexos. Não devemos ignorar o comportamento em fêmeas achando que é “fofo” ou “estranho”. Se uma fêmea monta obsessivamente, ela está sofrendo do mesmo desequilíbrio emocional ou de manejo que um macho estaria.
O tratamento comportamental para machos e fêmeas segue os mesmos princípios: redirecionamento, enriquecimento e treino de obediência. A única diferença significativa é a avaliação médica específica para cada sexo (útero/ovários vs próstata/testículos) para descartar causas físicas.
Estratégias Práticas para Interromper a Monta
Redirecionamento de Comportamento
Esta é a ferramenta mais poderosa no seu arsenal. O redirecionamento consiste em antecipar o comportamento e oferecer uma alternativa incompatível e mais gratificante. Se você sabe que seu cão monta nas visitas, não espere ele agarrar a perna. Assim que a visita entrar e você notar o cão ficando agitado, dê um comando que ele conheça bem, como “senta” ou “vai para a caminha”.
Quando ele obedecer, recompense generosamente com um petisco de alto valor. Se ele já começou a montar, não grite. Calmamente, remova-o (se necessário, use uma guia leve dentro de casa para ter controle sem precisar colocar a mão no cão) e peça um comando simples. O objetivo é mudar o foco do cérebro dele. Ele não pode montar na perna e estar sentado ganhando um petisco ao mesmo tempo.
Com a repetição, o cão começa a entender: “Quando a visita chega, se eu sentar, ganho frango. Se eu montar, a diversão acaba e sou removido”. Você substitui um hábito ruim por um bom. A chave aqui é a consistência. Todos na casa devem seguir o mesmo protocolo para não confundir o animal.
O Poder do Enriquecimento Ambiental
Muitas vezes, a monta é um grito de tédio. Um cão com a mente vazia é uma oficina de problemas comportamentais. O enriquecimento ambiental visa tornar a vida do cão mais interessante e desafiadora. Introduza brinquedos recheáveis com comida congelada, tapetes de lamber ou quebra-cabeças caninos.
Oferecer um desses itens antes da visita chegar ou em momentos de alta energia pode prevenir totalmente a monta. O ato de lamber e roer é naturalmente calmante para os cães e libera hormônios que antagonizam o estresse. Em vez de gastar energia montando na perna, o cão gasta energia mental resolvendo como tirar a comida do brinquedo.
Além disso, avalie a rotina de exercícios físicos. Um passeio de 15 minutos para fazer xixi não é suficiente para a maioria dos cães jovens. Eles precisam de atividades que elevem a frequência cardíaca, de exploração olfativa e de interação. Um cão cansado (física e mentalmente) é um cão bem comportado.
Quando Ignorar é a Melhor Solução
Se você identificou que a causa da monta é puramente a busca por atenção, a técnica de “extinção” do comportamento pode funcionar. Isso significa retirar completamente a recompensa que o cão busca: sua atenção.
Quando o cão montar, vire de costas, cruze os braços e olhe para o teto. Fique estátua. Não fale, não empurre, não olhe para ele. No momento em que ele soltar sua perna e colocar as quatro patas no chão (provavelmente confuso com sua falta de reação), vire-se e elogie calmamente ou ofereça um carinho suave.
Se ele voltar a montar, vire-se de costas novamente. Isso ensina ao cão uma regra binária clara: 4 patas no chão = atenção e carinho; 2 patas na perna = humano desliga e fica chato. Pode ser difícil no começo, e o comportamento pode até piorar um pouco antes de melhorar (o chamado “pico de extinção”), mas é extremamente eficaz para cães carentes.
Soluções a Longo Prazo e Intervenções Médicas
O Papel da Castração
A castração é frequentemente vendida como a solução mágica para a monta, mas a realidade é mais sutil. A castração reduz drasticamente os níveis de testosterona nos machos, o que diminui a motivação sexual e a intensidade das reações. Estatisticamente, a castração reduz o comportamento de monta em cerca de 60% a 70% dos cães machos.
No entanto, se a monta for motivada por ansiedade, hábito aprendido ou busca por atenção, a castração sozinha não resolverá o problema. O cão continuará montando porque o comportamento já não é mais hormonal, é comportamental. Para fêmeas, a castração elimina o cio e a pseudociese (gravidez psicológica), momentos em que a monta pode aumentar, mas também não garante a cessação do hábito se ele tiver raízes emocionais.
Recomendo a castração como parte de um plano de tratamento, não como a única solução. Ela facilita o treinamento ao diminuir a “ruído” hormonal no cérebro do cão, tornando-o mais receptivo ao aprendizado, mas o trabalho de educação continua sendo necessário.
Adestramento Positivo
Investir em adestramento profissional não é luxo, é saúde mental para o cão e para a família. O adestramento moderno, baseado em reforço positivo (sem punições físicas, enforcadores ou medo), constrói uma linguagem comum entre você e seu pet.
Um cão que sabe comandos como “fica”, “deixa” e “vem” tem muito mais autocontrole. O treino de “place” (ir para um lugar específico, como uma caminha ou tapete, e ficar lá) é o “matador” de problemas de monta com visitas. Você ensina o cão a ir para o “lugar dele” quando a campainha toca, prevenindo que ele sequer chegue perto das pernas dos convidados.
A prática diária de obediência fortalece o vínculo e queima energia mental. Dez minutos de treino focado podem cansar tanto quanto uma longa caminhada. Para casos crônicos de monta, a orientação de um adestrador é essencial para identificar os gatilhos exatos e ajustar o timing das recompensas.
Quando Procurar um Especialista
Existem casos onde a monta se torna compulsiva. O cão monta no ar, em objetos, em pessoas, e parece não conseguir parar, entrando em um estado de transe. Isso pode indicar um transtorno compulsivo ou um nível de ansiedade patológico que requer intervenção médica.
Nessas situações, um Veterinário Comportamentalista (um psiquiatra para cães) deve ser consultado. Pode ser necessário o uso de medicação ansiolítica ou antidepressiva para reequilibrar a química cerebral do animal, permitindo que ele responda às terapias de modificação comportamental. Não tenha preconceito com medicação; em muitos casos, ela é a ferramenta que devolve a qualidade de vida ao animal, tirando-o de um estado de sofrimento mental constante.
Comparativo de Soluções para Controle do Comportamento
Muitos tutores me perguntam em qual “ferramenta” investir para resolver o problema. Abaixo, comparo três abordagens comuns. Note que elas não são excludentes e muitas vezes funcionam melhor juntas.
| Característica | Adestramento / Enriquecimento Ambiental | Castração (Cirúrgica) | Feromônios (ex: Adaptil) / Florais |
| Principal Objetivo | Ensinar novos comportamentos e gastar energia mental. | Reduzir impulso hormonal e prevenir reprodução. | Acalmar e reduzir a ansiedade leve. |
| Eficácia na Monta | Alta. Trata a causa raiz (tédio, hábito, educação). | Média. Eficaz se a causa for sexual, baixa se for hábito. | Baixa/Média. Ajuda como coadjuvante se houver ansiedade. |
| Tempo de Resposta | Médio/Longo (exige consistência diária). | Imediato após a queda hormonal (algumas semanas pós-cirurgia). | Rápido (dias ou semanas), mas o efeito é sutil. |
| Custo | Variável (custo de brinquedos ou aulas profissionais). | Único (custo da cirurgia e pós-operatório). | Recorrente (refis mensais ou frascos). |
| Contraindicações | Nenhuma. Benéfico para todos os cães. | Requer avaliação pré-cirúrgica e anestesia. | Nenhuma, mas não resolve casos graves sozinho. |
Considerações Finais de Consultório
Lidar com um cão que monta nas pernas exige paciência e uma dose de humor. Lembre-se de que seu cão não está tentando envergonhar você de propósito. Ele é um animal tentando lidar com um mundo humano complexo usando os instintos limitados que possui.
Ao trocar a vergonha pela compreensão e a punição pelo ensino, você transforma um problema constrangedor em uma oportunidade de fortalecer a conexão com seu amigo de quatro patas. Comece hoje a implementar o redirecionamento e o enriquecimento ambiental. Os resultados virão, e suas visitas (e suas pernas) agradecerão.


