Adotar ou comprar? O guia definitivo do veterinário para sua decisão
Adotar ou comprar? O guia definitivo do veterinário para sua decisão
Você decidiu trazer um novo membro para a família e a ansiedade já tomou conta da casa. Eu vejo isso todos os dias no meu consultório. Tutores chegam com os olhos brilhando, segurando um filhote ou um adulto recém-chegado, cheios de dúvidas e expectativas. A pergunta que antecede esse momento é sempre a mesma e carrega um peso enorme. Devo adotar um animal que precisa de um lar ou comprar uma raça específica que sempre sonhei? Não existe uma resposta única que sirva para todos. A resposta certa depende da sua rotina, do seu orçamento e, principalmente, da sua disposição emocional.
Como veterinário, meu papel não é julgar sua escolha. Meu trabalho é garantir que você tenha as informações técnicas e comportamentais para tomar uma decisão consciente. Já tratei cães de raça com problemas genéticos graves e vira-latas com traumas comportamentais complexos. Ambos exigem amor, paciência e, claro, investimento financeiro. A saúde do seu futuro pet começa antes mesmo dele entrar na sua casa. Começa na escolha da origem dele.
Vamos conversar francamente sobre o que vejo na prática clínica. Esqueça os discursos apaixonados de internet por um minuto. Vamos focar na etologia, na clínica médica e na realidade do dia a dia de quem convive com esses animais. Você precisa estar preparado para o que vem pela frente, seja um filhote de canil renomado ou um resgatado das ruas.
A realidade clínica e comportamental da adoção
Quando falamos de adoção, o primeiro pensamento costuma ser a caridade. Salvar uma vida é um ato nobre. Mas, do ponto de vista médico, a adoção tem implicações que vão muito além do sentimento de gratidão. Ao adotar, você está retirando um animal de uma situação de risco e contribuindo diretamente para a saúde coletiva. Abrigos superlotados são focos de disseminação de doenças se não houver um manejo sanitário rigoroso. Ao levar um pet para casa, você quebra um ciclo.
O impacto na saúde pública e o controle de zoonoses
A adoção de animais impacta diretamente o controle populacional e a redução de zoonoses. Animais errantes, sem controle veterinário, são vetores de doenças que podem passar para humanos, como a raiva, a leishmaniose e diversas parasitoses. Quando você adota de uma ONG séria ou do centro de controle de zoonoses da sua cidade, geralmente esse animal já passou por uma triagem. Ele foi castrado, o que impede a reprodução descontrolada, e recebeu as primeiras vermifugações.
No consultório, percebo que tutores que adotam costumam ser mais engajados em manter a saúde preventiva em dia. Talvez pela consciência de que aquele animal já sofreu. Você, ao adotar, torna-se um agente de saúde pública. A castração, quase sempre obrigatória nos processos de adoção, reduz drasticamente a incidência de tumores de mama nas fêmeas e problemas de próstata nos machos. Isso é medicina preventiva na prática.
Além disso, a redução do número de animais nas ruas diminui acidentes de trânsito e mordeduras. É uma cadeia de eventos positivos. O animal adotado, ao ser inserido em um ambiente doméstico controlado, deixa de ser um risco sanitário e passa a ser um membro da família protegido por vacinas e ectoparasiticidas. A sua decisão de adotar reverbera na saúde de toda a vizinhança.
Mitos e verdades sobre a resistência imunológica do SRD
Existe uma crença popular muito forte de que o vira-lata, ou Sem Raça Definida (SRD), nunca adoece. “Vira-lata é de ferro”, dizem. Como veterinário, preciso ajustar essa expectativa. É verdade que, devido à seleção natural dura das ruas e à alta variabilidade genética, os SRDs tendem a ter menos doenças genéticas recessivas que afetam raças puras com alto grau de consanguinidade. O tal “vigor híbrido” é real e ajuda na resistência geral.
No entanto, resistência genética não significa imunidade a vírus e bactérias. Um cão SRD que viveu na rua pode ter sido exposto à cinomose, parvovirose ou erliquiose (doença do carrapato) e carregar sequelas silenciosas. Muitas vezes atendo animais adotados que parecem saudáveis, mas que manifestam problemas renais ou hepáticos meses depois, decorrentes de infecções antigas não tratadas ou má nutrição durante o desenvolvimento fetal e neonatal.
Você não deve adotar achando que não gastará com veterinário. O SRD precisa das mesmas vacinas importadas, da mesma ração de qualidade e dos mesmos check-ups que um cão de raça. A vantagem é que dificilmente você lidará com síndromes raciais específicas, como a braquicefalia dos Pugs ou a displasia coxofemoral severa típica de alguns Pastores Alemães, mas a profilaxia contra doenças infecciosas deve ser rigorosa.
Lidando com o histórico desconhecido e traumas pregressos
O maior desafio da adoção não é físico, é comportamental. Ao adotar um animal adulto, você está levando para casa uma bagagem histórica que desconhece. Marcas de agressão, privação de alimento ou isolamento social moldam o comportamento do cão ou gato. Na clínica, chamamos isso de distúrbios comportamentais adquiridos. Um cão pode ser um amor com você, mas ter pânico de vassouras ou reagir agressivamente a homens com chapéu.
A neurociência explica que traumas sofridos na fase de socialização primária (nos primeiros meses de vida) podem deixar cicatrizes permanentes no sistema límbico do animal. Isso exige de você uma dose extra de paciência e, muitas vezes, o auxílio de um adestrador ou veterinário comportamentalista. Não é “teimosia” ou “ingratidão” do pet. É medo. É um mecanismo de defesa que garantiu a sobrevivência dele até aquele momento.
Por outro lado, a plasticidade cerebral dos animais é incrível. Com o manejo correto, reforço positivo e um ambiente seguro, a recuperação é possível e gratificante. Ver um cão que antes se escondia debaixo da mesa passar a abanar o rabo ao te ver chegar é uma das experiências mais bonitas que você terá. Mas esteja ciente: a adaptação pode levar semanas ou meses. Você precisa estar disposto a respeitar o tempo do animal.
A ciência por trás da compra responsável de animais
Comprar um animal não é um crime, desde que feito com ética e responsabilidade. Existem motivos legítimos para se escolher uma raça específica. Talvez você more em um apartamento pequeno e precise de um cão com nível de energia baixo. Talvez você tenha crianças e queira uma raça conhecida pela docilidade extrema, como um Golden Retriever. A compra permite previsibilidade, e isso é um fator crucial para muitas famílias.
A previsibilidade genética e o temperamento da raça
Quando você compra um cão de raça pura de um criador sério, você está comprando previsibilidade. A genética trabalha a favor de características físicas e comportamentais fixadas ao longo de gerações. Você sabe que um Border Collie terá instinto de pastoreio e alta energia. Você sabe que um Persa será mais calmo e necessitará de cuidados com a pelagem. Essa previsibilidade ajuda a alinhar o animal ao seu estilo de vida, reduzindo as chances de devolução ou abandono futuro.
Na minha rotina, vejo menos surpresas comportamentais extremas em cães de raça comprados de boas linhagens. Se o criador selecionou os pais não apenas pela beleza, mas pelo temperamento equilibrado, a chance do filhote seguir esse padrão é alta. Isso é vital para quem busca um cão para funções específicas, como cão de terapia, guarda ou esporte. Você está adquirindo um conjunto de características zootécnicas já estudadas e padronizadas.
Porém, essa previsibilidade só existe se o trabalho de criação for bem feito. Comprar de “fundo de quintal” ou de vitrines de pet shop onde não se vê os pais anula essa vantagem. Sem seleção genética criteriosa, um Labrador pode ser agressivo e um Poodle pode ser destrutivo. A raça define o potencial, mas a genética dos pais e o ambiente inicial definem a realidade do indivíduo.
Doenças hereditárias e a importância do pedigree
O pedigree não é um papel para moldurar e colocar na parede. Ele é o mapa genético do seu animal. Como veterinário, o pedigree me diz quais doenças devo monitorar desde cedo. Se você chega com um Maine Coon, sei que preciso monitorar o coração por conta da cardiomiopatia hipertrófica. Se é um Bulldog Francês, a atenção vai para a coluna e vias aéreas. A consanguinidade necessária para fixar raças traz consigo genes recessivos indesejados.
Criadores éticos realizam testes genéticos nos pais antes do cruzamento. Eles testam para displasia coxofemoral, atrofia progressiva de retina, luxação de patela e outras patologias específicas da raça. Quando você paga caro em um filhote, parte desse valor deve cobrir esses exames. Se o vendedor não apresentar laudos de saúde dos pais, fuja. Você provavelmente gastará o triplo do valor do cão em cirurgias e tratamentos ao longo da vida dele.
A compra responsável envolve exigir saúde. Você tem o direito e o dever de pedir os laudos. Isso força o mercado a ser mais profissional. Infelizmente, atendo muitos animais de raça “baratos” que sofrem a vida toda com dores crônicas ou problemas de pele atópica severa porque foram reproduzidos sem critério. A genética é implacável. Economizar na compra geralmente significa gastar na clínica veterinária.
Identificando um criador ético sob a ótica sanitária
Como saber se o criador é ético? Visite o local. Isso é inegociável. Um bom criador tem orgulho de mostrar onde os cães vivem. Observe a higiene do ambiente. O cheiro de amônia (urina) é forte? Os cães estão em gaiolas ou têm espaço para correr? O manejo sanitário em um canil é complexo. A densidade populacional alta favorece a mutação de vírus e bactérias.
Um criador sério limita o número de ninhadas por ano. Ele respeita o cio da fêmea e dá descanso entre as gestações. Isso garante que os filhotes recebam boa nutrição intrauterina e nasçam fortes. Pergunte sobre o protocolo de vacinação e vermifugação. Filhotes só devem sair do canil após o desmame completo e com pelo menos a primeira dose de vacina ética aplicada por um veterinário (com carimbo e assinatura).
Desconfie de quem entrega o filhote com 30 ou 40 dias. O desmame precoce prejudica a imunidade e o comportamento. O filhote precisa ficar com a mãe e os irmãos até os 60 dias, idealmente, para aprender a inibição de mordida e a linguagem canina. Criadores que “desovam” filhotes muito cedo estão visando lucro e economia de ração, não o bem-estar do animal ou a sua satisfação futura.
Avaliação Veterinária Prévia: O segredo da escolha certa
Seja adotando ou comprando, você não deve escolher seu pet apenas pela cor dos olhos ou pela manchinha no pelo. Recomendo fortemente que você faça uma avaliação quase técnica, mesmo sendo leigo. Olhar para os sinais clínicos básicos pode te livrar de grandes problemas iniciais. Se possível, leve um veterinário de confiança com você na visita ao abrigo ou ao canil.
Sinais clínicos visíveis de saúde no primeiro contato
Ao pegar o filhote ou adulto no colo, faça um check-up rápido. Olhe as mucosas (gengiva e parte interna da pálpebra). Elas devem ser rosadas. Se estiverem pálidas ou brancas, pode indicar anemia severa por vermes ou carrapatos. Olhe o ânus do animal. Sujeira ou irritação ali indicam diarreia recente, um sinal de alerta vermelho para viroses como a parvovirose e a giardíase.
A pelagem diz muito sobre a nutrição e a saúde geral. O pelo deve ser brilhante e sem falhas. Crostas, feridas ou coceira excessiva podem ser sarna ou fungos, que são zoonoses (passam para você). Observe também a barriga. Um abdômen muito distendido em um filhote magro geralmente é sinal de alta carga parasitária (vermes).
Preste atenção na respiração. Não deve haver chiado, tosse ou secreção nasal espessa (catarro verde ou amarelo). Em gatos, secreção nos olhos e espirros são sinais do Complexo Respiratório Felino, muito comum em abrigos e gatis com superpopulação. Esses detalhes visuais são a primeira triagem para garantir que você está levando um animal que tem condições de se desenvolver bem.
Testes de temperamento básicos para tutores iniciantes
Você não precisa ser um etólogo para fazer testes simples. Se o animal é um filhote, coloque-o no chão e afaste-se um pouco. Bata palmas suavemente ou chame-o. Ele vem até você com curiosidade ou corre para se esconder? Um filhote saudável deve ser curioso. O medo excessivo nessa fase pode indicar falta de socialização ou genética de temperamento fraco.
Tente segurá-lo de barriga para cima no seu colo, como um bebê, por alguns segundos. Ele luta desesperadamente, morde ou relaxa após um momento? Isso ajuda a medir a dominância e a aceitação ao manuseio. Para cães adultos de adoção, leve-o para uma volta na guia. Veja como ele reage a outros cães e barulhos. A reatividade excessiva (latir e avançar para tudo) exigirá treinamento.
Não escolha o filhote que fica isolado no canto, quietinho, parecendo “triste”. Muitas vezes, esse filhote não é o mais calmo, é o que está doente ou com dor. O filhote “pestinha”, que brinca e morde os irmãos, geralmente é o que tem mais vitalidade. Claro, busque o equilíbrio. Nem o hiperativo destruidor, nem o apático. O meio-termo costuma ser o ideal para a maioria das famílias.
A relevância da imunidade passiva e histórico vacinal
A imunidade passiva é aquela que a mãe passa para o filhote através do colostro (o primeiro leite) nas primeiras horas de vida. Se a mãe (seja de raça ou vira-lata) não foi vacinada corretamente, os filhotes estarão desprotegidos nas primeiras semanas de vida, que é a fase mais crítica.
Ao adotar ou comprar, exija a carteira de vacinação. Verifique se as vacinas são “éticas” (de marcas reconhecidas mundialmente e aplicadas por veterinários) ou nacionais de balcão agropecuário (que muitas vezes não garantem imunização adequada devido a problemas de conservação). Um carimbo de veterinário vale ouro. Ele atesta que aquele animal foi examinado antes de ser vacinado.
Se não houver histórico vacinal confiável, o protocolo será: considerar o animal como “não vacinado”. Isso significa recomeçar o esquema do zero. Isso tem custo e exige isolamento. Não subestime a importância disso. A cinomose é uma doença cruel que afeta o sistema nervoso e mata muitos cães no Brasil. Garantir que a imunidade esteja sendo construída é sua prioridade número um.
Manejo Ambiental e Adaptação no Novo Lar
Você escolheu, levou para casa. E agora? Os primeiros dias são cruciais. O estresse da mudança de ambiente baixa a imunidade do animal, abrindo portas para doenças oportunistas. O manejo que você fará na primeira semana define o sucesso da adaptação. Prepare a casa antes da chegada do pet, não improvise.
Protocolos de quarentena e introdução a outros animais da casa
Se você já tem outros animais, a regra de ouro é: quarentena. Não junte o novo integrante com os antigos imediatamente, por mais tentador que seja ver a interação. O recém-chegado deve ficar em um cômodo separado por pelo menos 10 a 15 dias. Isso serve para observar se alguma doença incubada vai se manifestar. Vírus como o da parvovirose podem demorar dias para apresentar sintomas.
A introdução deve ser gradual. Apresente os cheiros antes de apresentar os animais visualmente. Troque panos ou caminhas entre eles. Deixe que sintam o cheiro um do outro por baixo da porta. Quando for fazer o encontro visual, use guias e ofereça petiscos para associar a presença do outro a algo positivo.
Evite disputas por recursos. Não coloque um pote de comida do lado do outro. Brinquedos, caminhas e carinho devem ser abundantes para evitar ciúmes. Se houver rosnados, separe calmamente e tente novamente mais tarde. A pressa é inimiga da convivência harmoniosa. Respeite a hierarquia que seus animais antigos já estabeleceram.
Diferenças no calendário de vacinação e vermifugação
O calendário vacinal não é uma receita de bolo fixa. Animais adotados adultos com histórico desconhecido podem precisar de duas doses de vacina múltipla (V8 ou V10) com intervalo de 21 dias, além da vacina de Raiva. Já filhotes comprados com histórico conhecido seguem o protocolo pediátrico padrão, com 3 a 4 doses, terminando após as 16 semanas de vida.
Vermifugação também varia. Filhotes precisam ser vermifugados com frequência muito maior que adultos, pois nascem com vermes transmitidos pela placenta. Um erro comum é dar uma dose de vermífugo e achar que está resolvido. O ciclo dos parasitas exige repetição. Além disso, considere a prevenção contra dirofilariose (verme do coração) se você mora em região litorânea.
Converse com seu veterinário para personalizar esse calendário. Fatores como acesso à rua, convivência com outros animais e viagens frequentes mudam a necessidade de vacinas opcionais, como a da Gripe Canina, Giardia ou Leishmaniose. O que serve para o cachorro do vizinho pode não ser o ideal para o seu.
Enriquecimento ambiental focado na redução de estresse
Um animal entediado é um animal destrutivo e infeliz. O enriquecimento ambiental é a técnica de tornar a casa interessante para o pet, permitindo que ele expresse comportamentos naturais. Para gatos, isso significa prateleiras, arranhadores altos e caixas de papelão. Gatos precisam verticalizar o território para se sentirem seguros.
Para cães, o enriquecimento envolve desafios mentais. Não dê toda a comida no pote. Use brinquedos recheáveis, tapetes de lamber ou espalhe a ração pela casa para que ele use o faro. Roer é uma necessidade fisiológica que acalma o cão. Ofereça ossos recreativos seguros ou brinquedos de nylon próprios para isso.
A adaptação no novo lar gera ansiedade. O uso de feromônios sintéticos (difusores de tomada) pode ajudar muito nessa transição, tanto para cães quanto para gatos. Eles mimetizam os odores de segurança que a mãe passava ou que o animal deixa no ambiente, sinalizando que aquele local é seguro. Um ambiente rico e tranquilo previne a maioria dos problemas de comportamento que levam à devolução de animais.
Comparativo: Onde encontrar seu pet?
Para facilitar sua visualização, preparei este quadro comparativo entre as três principais fontes de obtenção de um animal. Analise com frieza.
| Característica | Abrigo / ONG / Resgate | Criador Ético e Profissional | “Backyard Breeder” / Pet Shop Genérico |
| Custo Inicial | Baixo (Taxa de adoção simbólica) | Alto (Reflete testes genéticos e manejo) | Médio/Alto (Visam lucro rápido) |
| Saúde Genética | Imprevisível (Vigor híbrido ajuda) | Previsível (Pais testados e selecionados) | Baixa (Alta consanguinidade e sem testes) |
| Histórico Vacinal | Variável (Geralmente iniciam o protocolo) | Excelente (Protocolo ético rigoroso) | Duvidoso (Vacinas baratas ou mal conservadas) |
| Temperamento | Surpresa (Requer adaptação) | Previsível (Padrão da raça) | Instável (Cruzamentos sem critério comportamental) |
| Apoio Pós-Aquisição | Médio (Voluntários ajudam como podem) | Alto (Criador dá suporte vitalício) | Nulo (Vendeu, acabou a relação) |
| Risco de Zoonoses | Controlado (Se houver quarentena na ONG) | Baixo (Ambiente controlado) | Alto (Superpopulação e higiene precária) |
A escolha entre adotar e comprar é profundamente pessoal, mas deve ser racional. Se você tem recursos, tempo e amor para dar, tanto um cão de raça quanto um vira-lata podem ser companheiros extraordinários. O segredo não está na origem do pedigree, mas na qualidade do cuidado, da medicina preventiva e do vínculo que você constrói dia após dia.
Como veterinário, meu desejo é ver você e seu pet saudáveis e felizes, independentemente de como essa união começou. Faça sua escolha com consciência, prepare sua casa e seu bolso, e prepare-se para receber um dos amores mais leais que você experimentará na vida.


